segunda-feira, 16 de junho de 2014

Indústria brasileira se aproxima da Aliança do Pacífico para estimular fortalecimento do comércio bilateral


 

Indústria brasileira se aproxima da Aliança do Pacífico para estimular fortalecimento do comércio bilateral

publicado em 13 de junho de 2014
AAAAAAAAAAAAAAAAAAACNI
CNI e sua congênere chilena se unem para trocar informações sobre negociações internacionais, investimentos e infraestrutura
O presidente do Conselho Temático de Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Paulo Tigre e o presidente da Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa), Hermann Von Muhlenbrock Soto, assinaram nesta quinta-feira (12), em Brasília, uma declaração em que se comprometem a desenvolver projetos que ampliem e diversifiquem as relações comerciais bilateriais. As representantes da indústria dos dois países também vão definir, juntas, estratégias para melhorar a infraestrutura e a logística, reduzir os preços dos fretes e incrementar os investimentos. O acordo foi assinado no Palácio do Planalto, em cerimônia que teve a presença das presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do Chile, Michelle Bachelet.
A CNI também está concentrada em fortalecer a agenda comercial da indústria brasileira. Atualmente, os acordos preferenciais do Chile alcançam 82,2% do comércio mundial, enquanto os do Brasil não passam de 10,2%. Dessa forma, há um grande interesse do setor produtivo brasileiro por obter informações sobre o avanço do acordo Aliança do Pacífico, que reúne Chile, Colômbia, Peru e México. A ideia da CNI é explorar oportunidades para indústria brasileira participando como observadora do próximo encontro empresarial do novo bloco econômico. Para Paulo Tigre, a aproximação com o Chile trará grandes benefícios.

Além disso, o Chile é um mercado importador expressivo. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram que a economia chilena importou US$ 373 bilhões em 2013. Para se ter uma ideia, a Argentina importou US$ 380 bilhões. Atualmente, o Chile é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil, atrás de Países Baixos, Estados Unidos e Luxemburgo. Assim, CNI e Sofofa trabalharão pela retomada das negociações de um acordo bilateral de investimentos, uma ferramenta que facilita a atração e a proteção de capitais, pela ampliação do comércio com a eliminação de barreiras não-tarifárias e pela aceleração da implementação do protocolo de serviços.
Por Adriana Nicacio

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