Posted: 02 Mar 2020 05:04 AM PST
O canabigerol (CBG) é o mais promissor de 18 canabinoides que demonstraram ter atividade antibiótica. Ainda se tratando dessas propriedades, alguns pesquisadores da Universidade McMaster, em Hamilton - Canadá, identificaram um composto antibacteriano produzido pelas plantas de cannabis que pode ser utilizado no desenvolvimento de novos medicamentos. Os resultados de seus estudos foram publicados na revista "American Chemical Society Infectious Diseases" "Neste estudo, investigamos 18 canabinoides disponíveis no mercado e todos mostraram atividade antibiótica, alguns muito mais que outros", disse Eric Brown, professor de bioquímica e ciências biomédicas da McMaster.
"Estamos focando num canabinoide não psicoativo chamado CBG, pois ele tinha a atividade mais promissora. Sintetizamos esse canabinoide em uma grande quantidade, o que nos deu o composto suficiente para aprofundar a pesquisa.", completou. Os pesquisadores descobriram que o CBG continha atividade antibacteriana contra os microrganismos MRSA resistente a medicamentos. Ele impediu a capacidade dessas bactérias de formar biofilmes (comunidades de microrganismos que se ligam uns aos outros e às superfícies); além disso, destruiu biofilmes e células pré-formadas resistentes a antibióticos. O CBG conseguiu isso visando à membrana celular da bactéria. Estigma em queda: Foram realizados testes em laboratório em combate à bactérias patogênicas, quando testado em camundongos, as taxas de cura foram promissoras quando utilizado o CBG contra a infecção MRSA. "Os resultados sugerem um potencial terapêutico real para os cannabinoides como antibióticos.", disse Brown Uma ressalva observada pela equipe de pesquisa é a toxicidade do CBG nas células hospedeiras, o que torna as descobertas do estudo uma vantagem importante, e não um provável produto final, segundo Brown. "Sim, abre uma janela terapêutica, porém estreita, para transformar isso em droga...", disse ele. [...] "Os próximo passos são tentar melhorar o composto, pois é mais específico para as bactérias e corre menos riscos de toxicidade." Seu laboratório estuda o antibiótico em potencial da cannabis nos últimos dois anos desde a legalização da maconha no Canadá. "Houve algum estigma de investir nesse tipo de pesquisa, mas há cada vez mais evidências do uso medicinal da cannabis. O estigma parece estar diminuindo." |
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terça-feira, 3 de março de 2020
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