domingo, 2 de fevereiro de 2020

Posted: 30 Jan 2020 05:07 PM PST
Tamboril  árvore pertencente à família FabaceaeO tamboril é uma árvore pertencente à família Fabaceae. É de origem brasileira, típica das matas da região do Pará, Pernambuco, Acre, Bahia e Mato Grosso. É uma árvore frondosa, sem cheiro, de cerne marrom-claro a cinza-rosado.

Nome Científico: Enterolobium contortisiliquum
Nomes Populares: Tamboril, Araribá, Árvore-das-patacas, Cambanambi, Sabão-de-macaco, Chimbó, Chimbuva, Flor-de-algodão, Orelha-de-macaco, Orelha-de-negro, Orelha-de-onça, Orelha-de-preto, Pacará, Pau-de-sabão, Pau-sabão, Tambaré, Tamboi, Tambor, Tambori, Tamboril-do-campo, Tamboril-pardo, Tamborim, Tamburé, Tamburil, Tamburiúva, Tambuvé, Tambuvi, Timbaíba, Timbaúba, Timbaúva, Timbaúva-branca, Timbaúva-preta, Timbíba, Timbó, Timboíba, Timborana, Timbori, Timboril, Timboúba, Timboúva, Timbuíba, Timburi, Timburil, Timbuva, Vinhática-flor-de-algodão, Ximbiuva, Ximbó, Ximbuva
Família: Fabaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul
Tamboril  árvore pertencente à família FabaceaeAltura: 9.0 a 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O tamboril é uma árvore decídua e frondosa, que alcança de 20 a 35 metros de altura e de 80 a 160 de diâmetro de tronco. Suas folhas são alternas, bipinadas (recompostas), com 3 a 7 pares de pequenos folíolos oblongos. Apresenta copa ampla, com ramificação cimosa e raízes longas e calibrosas. As inflorescências surgem na primavera e são do tipo capítulo, globosas, com cerca de 10 a 20 flores brancas. Os frutos que se seguem são vagens, recurvadas e semilenhosas, em formato de rim ou de orelha, o que rendeu a esta espécie diversos nomes populares. Eles surgem verdes e se tornam pretos em junho e julho, quando amadurecem. Cada fruto pode conter de 2 a 12 sementes, brilhantes e de cor marrom.

O tamboril ocorre naturalmente em florestas pluviais e semidecíduas do norte ao sul do Brasil. É uma árvore que fornece boa sombra na primavera e verão e perde suas folhas no inverno, deixando a luz do sol passar. Desta forma ela é bastante apropriada para arborização de regiões com estações bem marcadas. É uma espécie pioneira, de rápido crescimento inicial e muito rústica, apropriada para áreas de reflorestamento. Sua madeira é leve, macia, pouco resistente e utilizada para o fabrico de canoas, caixotaria em geral, brinquedos, compensados, etc. As saponinas encontradas nos frutos e na casca são aproveitadas para produção de sabões.

Deve ser cultivada sob pleno sol, em solo fértil, preferencialmente úmido e irrigado no primeiro ano de implantação. Multiplica-se por sementes. Após a quebra da dormência com desponte, escarificação, ácido sulfúrico ou água, as sementes germinam em 10 a 20 dias. Elas devem ser semeadas em saquinhos preparados com solo adubado. Após 4 meses em viveiro, sob meia-sombra as mudas já podem ser plantadas no local definitivo.


Blog Verde em Folha
Posted: 30 Jan 2020 04:56 PM PST
Orelha de macaco

A professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Maria Luiza Vilela Oliva, e outros pesquisadores da instituição encontraram, nas sementes da árvore conhecida como orelha-de-macaco, uma proteína com capacidade de inibir ao menos cinco tipos de cânceres: mama, próstata, melanoma (câncer de pele), colorretal e leucemia.

A proteína da inusitada árvore foi batizada como Enterolobium contortisiliquum inibidor de tripsina (EcTI, em inglês). “Denominamos o EcTI como inibidor de tripsina porque essa foi a enzima modelo que começamos a estudar, por ser mais barata. Mas ele está patenteado como inibidor de várias proteases. Também patenteamos sua ação contra o câncer”, disse Maria Luiza.
A proteína foi isolada pela primeira vez na pesquisa de doutorado da professora, ainda no final dos anos 1980. A função antitumoral só veio a ser descoberta apenas no início dos anos 2000 e patenteada quatro anos depois.
“Estávamos buscando moléculas capazes de inibir a ação de proteases – enzimas cuja função é quebrar as ligações peptídicas de outras proteínas. Essas moléculas estão envolvidas em inúmeros processos fisiológicos e patológicos no organismo; um inibidor poderia ter efeitos terapêuticos interessantes”, comentou a professora.

Como age?

A proteína já foi utilizada em diversos testes in vitro na inibição de cânceres, alcançando ótimos resultados. “Antes de migrar para outros tecidos, a célula tumoral precisa aderir ao tecido conjuntivo que lhe dá suporte. O EcTI bloqueia proteases presentes na matriz extracelular e a via de sinalização usada pelo tumor nesse processo sem afetar os fibroblastos, que são as células sadias desse tecido conjuntivo”, explicou Maria Luiza.
A proteína demonstrou bons resultados também no processo de tratamento do câncer. Quando associada ao quimioterápico 5-Fluoracil, necessitou-se de uma dose 100 vezes menor do que a tradicional, o que representa uma grande redução nos efeitos colaterais do tratamento. Além disso, constatou-se função antitrombótica na proteína. A trombose é uma doença comum em pessoas submetidas à quimioterapia.
“Essa proteína inibe a ação da calicreína, enzima que desencadeia o processo de coagulação sanguínea e também ativa a agregação plaquetária. O efeito foi verificado tanto em um modelo de trombose arterial, em ratos, como de trombose venosa, em camundongos”, contou a pesquisadora.
Outros estudos, realizados na FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), avaliaram a ação do EcTI sobre inflamações pulmonares e encontraram resultados animadores. Em outra pesquisa, também se revelou boas perspectivas quanto à sua ação sobre a doença de Chagas.
As pesquisas devem continuar a todo vapor. Os testes ainda não mostraram nenhuma reação alérgica nos ratos, porém, os pesquisadores alertam para a imprevisibilidade da reação da proteína em humanos.


Blog Verde em Folha

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