Arqueólogos encontram tiara de marfim de mamute de 45 mil anos
Encontrado na Sibéria, artefato foi utilizado por um homem que tinha uma cabeça grande: objeto é uma descoberta rara na região
11/12/2018 - 13H12/ ATUALIZADO 13H1212 / POR REDAÇÃO GALILEU
Durante uma escavação nacaverna de Denisova, no sul da Sibéria, pesquisadores do Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novosibirsk descobriram um objeto trabalhado de 45 mil anos que aparenta ser uma tiara feita de marfim de mamute.
Segundo o jornal Siberian Times, os cientistas acreditam que o objeto poderia ter sido usado pelo Hominídeo de Denisova, que viveu há cerca de 40 mil anos.
Com base no tamanho da tiara, arqueólogos apontam que foi usado por um homem de cabeça grande. Parece haver um buraco no final, onde uma corda poderia ser presa para amarrar o item na cabeça.
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A tiara também parece muito reta para ficar na testa de um hominídeo de cabeça grande. Mas, para os pesquisadores, o tempo deixou o objeto com o formato curvo.
"Placas de marfim de mamute foram primeiro colocadas em água para não racharem durante o processamento, e depois dobradas sob um ângulo reto", disse Alexander Fedorchenko, arqueólogo do Instituto Novosibirsk. "Qualquer objeto torto tende a retornar à sua forma original ao longo do tempo."
Outros acessórios ornamentais também já foram descobertos na caverna de Denisova, embora os cientistas não consigam dizer se foram criados por humanos modernos, denisovianos ou neandertais.
"Encontrar a tiaras é muito raro não somente para a caverna Denisova, mas para o mundo", comentou Fedorchenko. "Os povos antigos usavam marfim de mamute para fazer miçangas, pulseiras e pingentes, bem como agulhas e pontas de flechas. Havia tiaras de marfim de mamute, incluindo algumas decoradas, encontradas em sítios arqueológicos no extremo norte e no leste da Sibéria. Mas essas tiaras foram criadas muito depois, de 20 mil a 28 mil anos atrás."
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