Cultivo de seringais é tradição no noroeste de SP
Região é a principal produtora de borracha natural do Brasil.
Por Nosso Campo, TV TEM
Tradição no cultivo de seringais — Foto: TV TEM/Reprodução
A safra de látex vai muito bem e as canecas estão quase transbordando. A fartura tem a ver com um manejo eficiente e com a escolha de mudas de qualidade. Tudo isso junto faz da região a mais importante produtora de borracha natural do país.
Estivemos em um dos mais antigos seringais da região. As primeiras árvores foram plantadas na década de 1960, em Poloni (SP). Foi um começo desafiador para a família de Fábio Magrini.
Fábio diz que o pai dele plantou as primeiras árvores no meio do café, cultura que já estava abandonando. O cultivo de borracha ainda era pouco conhecido e, por isso, muitos duvidavam da viabilidade do negócio.
No começo, o processo de beneficiamento da borracha era feito nas fazendas de forma bem rústica. Os cilindros que esticavam as mantas de látex ainda estão na propriedade e hoje são relíquias.
Quase 60 anos se passaram desde o plantio das primeiras árvores. O cultivo da seringueira, que começou de forma tímida, acabou fazendo do Noroeste Paulista uma potência, que hoje é responsável por 60% da produção nacional de borracha.
São 114 mil hectares de área plantada, sendo que a metade ainda nem está produzindo.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 16/12/2018)
Tradição no cultivo de seringais
Enquanto na década de 90 a produção no Noroeste Paulista não passava de cinco mil toneladas de borracha seca, hoje ela supera a marca de 100 mil toneladas. E nos próximos seis anos vai dobrar, segundo a associação do setor, quando 100% dos seringais plantados estiverem produzindo.
Diogo Esperanti, diretor da Apabor, diz que os 124 mil hectares plantados com seringueira conferem ao Estado de São Paulo o título de maior produtor de borracha do Brasil e mostram que há uma heveicultura viável.
O seringal da família Santana fica em Nhandeara. Wanderlei conta que comprou o sítio em 1985 com seis mil pés de seringueira. As árvores ainda eram novas.
O genro de Wanderlei, Marcelo Fachin, foi o responsável pela ampliação do seringal. Ele diz que "pegou gosto" pela cultura e foi expandindo a plantação ao longo dos anos.
Agora, o filho de Marcelo é quem está assumindo a plantação. E, se depender dele, os seringais ainda serão a fonte de renda de muitas outras gerações. Vítor fala que espera que o seringal produza por mais uns 40 anos com as novas técnicas que estão sendo implantadas.
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