sábado, 15 de dezembro de 2018

Produtores de soja no Paraguai enfrentam falta de chuva e produtividade deve ser até 50% menor

Produtores de soja no Paraguai enfrentam falta de chuva e produtividade deve ser até 50% menor

Publicado em 14/12/2018 11:08 e atualizado em 14/12/2018 15:00
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Com poucas chuvas desde novembro, produtores do Paraguai esperam queda na produtividade e baixo preço para venda; Expectativa é que atual cenário impacte em menos investimento e até troca de culturas na próxima safra 2019/20.
Neivo Fritzen - Produtor Rural

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Entrevista com Neivo Fritzen - Produtor Rural sobre o Acompanhamento de Safra da Soja
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A seca que atinge a região oeste do Paraná e parte do Mato Grosso do Sul também causa problemas aos produtores do Paraguai, na faixa de divisa com o Brasil. O plantio na região se iniciou em setembro e foi prejudicado pelo excesso de chuvas, que deu lugar à seca com achegada de novembro.
“O desenvolvimento vinha razoavelmente bem, apesar da diminuição de tamanho das primeiras sojas plantadas pela falta de luz e muita chuva. Agora temos o agravante da falta de chuvas com novembro tendo poucas chuvas e dezembro sem chuvas praticamente. As lavouras estão colapsando, ainda existe um pouco de umidade no solo, mas as plantas estão desidratando, do verde está indo direto para o seco, em função da semana que tivemos com vento intenso e temperaturas e umidade do ar bastante baixas. Agora temos dias muito longos com mais de 12 horas de Sol e calor de mais de 40ºC durante o dia”, conta Neivo Fritzen, produtor rural de Nova Esperança no Paraguai.
Esse cenário já ameaça a impactar a produtividade local que no ano passado foi de 3.500 quilos por hectare (aproximadamente 58 sacas por hectare) na safra passada 2017/18. As estimativas dos agricultores apontam que a lavoura atual já está comprometida em até 50%, podendo chegar a números maiores em algumas regiões.
“As parcelas de plantio no início de setembro já não tem mais como recuperar, elas já se comprometeram. Nós resta esperar agora e eu acredito que devemos ter uma produtividade abaixo dos 2 mil quilos por hectare. As que foram plantadas um pouco mais tarde ainda tem condições de recuperações e se voltarem as chuvas nos próximos dais ainda tem condição de recuperação boa”, comenta Fritzen.
As vendas da colheita também deixam os produtores apreensivos, uma vez que a maioria dos agricultores da região de fronteira com o Brasil não fizeram vendas antecipadas e aguardam uma possível melhora no preço que gira em torno de U$ 270 a tonelada. Um valor que não permite o fechamento das contas de produção e gera incertezas inclusive para a próxima safra de 2019/20.
“A preocupação é muito grande de todo o setor. Se não houver recuperação de preços e essa frustação de safra se confirmar vai haver diminuição de tecnologia e investimentos para as safras futuras. É uma Consequência normal com o produtor partindo para a defensiva. Em algumas situações mais graves, infelizmente, essa situação pode acabar forçando alguns a saírem da atividade ou mudarem de cultura”, diz Neivo.
Confira fotos do estado de desenvolvimento das lavouras de soja no Paraguai:
Soja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no Paraguai - Foto: Neivo FritzenSoja cultivada no final de setembro no paraguai - Foto: Neivo e mauro FritzenSoja cultivada no final de setembro no paraguai - Foto: Neivo e mauro FritzenSoja cultivada no final de setembro no paraguai - Foto: Neivo e mauro FritzenSoja cultivada no final de setembro no paraguai - Foto: Neivo e mauro FritzenSoja cultivada no final de setembro no paraguai - Foto: Neivo e mauro FritzenSoja cultivada no final de setembro no paraguai - Foto: Neivo e mauro Fritzen
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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